terça-feira, 2 de outubro de 2012

Poesia 21

Nau Frágil

Filho do trovão que sucede o relâmpago
e antecede a tempestade.

Albatroz que voa sem respeitar limites e 
enfrenta o mar algoz.

Grande navegante que rompe a barreira
dos confins dos sete mares.

Não és Aquiles e não tão perto chega a ser Páris, 
bravo e vil colosso, ostenta teu machado na mão direita.

Os inimigos aos seus pés deita enquanto o som do réquiem
rompe os estampidos dos canhões na proa.

Batalha de dois deuses onde quem morre é servo
mas na memória deste me conservo.

Oração pagã para almas atormentadas e ao mundo
imaginário acorrentadas.

Fibra livre que quebra-se e presa preserva-se e nos 
estilhaços da madeira de lei ganhei olho de ciclope.

Força arrematadora de mil almas atormentadas que 
frente a esta força não passa de bloco de areia sendo molhada.

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